Amigo Encantador, agradeço a sua análise e participação. Penso exatamente como você. E certamente, que sendo os empresários e investidores os que mais se prejudicam deixando que a crise política afete a economia, eles logo que passe essa fase de pressão sobre o governo, (por trás dos políticos e partidos tem sempre os empresários) para obter vantagens, eles vão se alinhar numa tentativa de evitar o pior. Aí talvez as coisas se ajustam um pouco. Mas pelo menos no primeiro semestre do ano, já percebo a crise afetando bastante o mercado do sexo pago. Veja alguns sinais que reparei:Encantador escreveu:Caros,
Li muitos posts inteligentes e bem colocados. Acho que nenhum está totalmente certo e tampouco equivocado.
Mas vou dar meu pitaco...
A crise está aí e não há como negar. Ela está apenas em seu início e deve piorar porque além de questões econômicas que exigem medidas drásticas, rápidas e inteligentes, há a crise política alimentada pelo velho esquema do 'quanto pior, melhor'. Porém, os maiores problemas e que ainda não foram sequer debatidos é que existe uma crise profunda de competência, seriedade e credibilidade. E este lado da crise é o que mais me apavora. Porque é resultado de décadas de oportunismo, desprezo pela educação e saúde, combinados com soberba e ignorância (na essência da palavra): não formamos novos quadros e o aparelho estatal está coalhado de incompetentes, com formação rala e subserviência atrelada ao medo do fim da 'boquinha', lutando por cargos e 'corretagens' (se é que me entendem). Todas as soluções são imediatistas, ou seja, estão tentando curar câncer com vitamina C e sempre vinculados a interesses puramente pessoais.
Dito isto, acredito que a crise está chegando para valer e para mim a palavra que melhor se encaixa com o que vai acontecer no país é COLAPSO (serviços públicos, energia, água, transporte, segurança, bens de consumo básico, etc.). Portanto, creio - não desejo e espero estar errado - que todos os setores da Economia serão afetados. É claro que, só para focar alguns setores que aqui foram citados, o desemprego virá, o valor dos imóveis cairá (realmente estão estáveis - e estancaram em valores irreais - mas paulatinamente irão cair), aumentará a oferta de imóveis para locação, especialmente os comerciais e os de ocupação provisória (do tipo flat) provocando a queda dos preços; o setor industrial vai mal há tempos, mas cairá ainda mais pois a construção civil diminuirá o ritmo de lançamentos e as obras governamentais também estacionarão em nivel de manutenção. Talvez seja possível que o setor agropecuário se mantenha num patamar razoável em razão do comércio exterior e da alta do dólar.
Diante desse quadro, em relação aos PGs que é o assunto central, concordo, de forma geral, com aqueles que dizem que ele se alterará significativamente, pois a falta de dinheiro aumentará o número de ofertas (nas grandes cidades, mais ainda), e a demanda, por sua vez, diminuirá (seja em quantidade de 'interessados', seja quanto à sua frequência). É inevitável. Como em toda crise, sobreviverão aquelas profissionais que melhor souberem se adaptar ao momento. Aí entra o que bem disse nosso amigo Mellobato, o tal "combo". Aquelas que melhor souberem "fidelizar" sua clientela e, com isso, bem usarem a divulgação de seus serviços, se sairão melhor e sobreviverão para contar a história. Não entra aqui a elite, isto é, a clientela AAA nem suas preferidas, que estarão a salvo da crise, como qualquer elite em qualquer crise em qualquer lugar. Mas a esmagadora maioria sofrerá, sim, e as ruas irão lotar de novo e a violência, pelas razões já ditas acima, piorará, pois os quadros de segurança do país, estão corrompidos, mal treinados e mal equipados; e estarão mais preocupados em reprimir greves, manifestações e o patrimônio público e privado (os de sempre, é claro).
E concluo dizendo que, caso isso se confirme, ficarei muito triste. Será terrível para nós, mas especialmente para as meninas. Preferiria que as coisas se ajustassem naturalmente e não por causa de uma crise sem precedentes.
Abraços a todos.
Encantador
- Tenho viajado muito e em várias cidades noto a mesma coisa - aumentou bastante o movimento de Tgatas na rua, indicando que nos Flats e privês o movimento caiu;
- Tenho visto muita gente navegando, inclusive Tgatas, logada nos sites e Fóruns, como este, o que indica muita gente no virtual e pouca ocupação no real;
- Muitas Tgatas aparecendo todos os dias no seu tópico, postando fotos, chamando os meninos, e por outro lado ausência de relatos, o que indica que elas estão tentando atrair a atenção, mas estão com tempo para navegar, e muitos Tlovers somente dando palpite nos tópicos, sem sair de verdade... Mas tem umas que não param de trabalhar... essas são sempre exceção.
- Diminuíram os relatos de TDs nos tópicos... Acho que diminuiu também o numero dos visitantes nos flats (é só uma sensação, não tenho a estatística real).
- Muitas Tgatas viajam, buscando outras cidades, mostrando que a concorrência está alta, e a busca por novos mercados aumenta...
- Eu mesmo, que sempre visitava duas Tgatas em média todos os meses, tenho passado mais tempo sem visitar (viajando a serviço fica difícil, mas também as despesas aumentaram e tenho que cortar o que posso) o que me faz acreditar que se eu estou assim outros também estão. Não é demérito para ninguém... Mas é a realidade.
- Finalizando, eu imaginei que se eu fosse uma Tgata que estivesse enfrentando uma redução no volume de visitas e de faturamento, tomaria algumas medidas de marketing e fidelização, que talvez melhorasse o minha receita. Uma das medidas seria informar por MP, para aqueles que já são clientes fiéis que eles teriam um Bônus de desconto por visita, que seria cumulativo. Aquelas que são boas no atendimento e que se garantem com bons clientes, teriam um volume maior de procura (menos tempo ocioso) e receita em alta. Mas nem todas pensam dessa forma e não tem coragem de fazer isso. Vamos ver como as coisas decorrem... Acho que é um quadro bem preocupante... E quando as Tgatas e GPs não faturam, toda a cadeia econômica atrelada ao segmento também sofre, desde hotéis, Flats, salões, clínicas, academias, baladas, viagens, roupas, etc... É grande a lista...